Túnel liga o Equador à estação de Pinheiros
Sobram razões ao governo do Equador para lastimar a reação do governo brasileiro na questão entre aquele país e a Odebrecht. O governo Lula, cada vez mais obsequioso com as pressões da mídia nacional, assume a defesa dos interesses de uma empresa que, ultimamente agindo em bando, tem sido protagonista de algumas lambanças e tragédias, no Brasil e no exterior.
Em resposta à expulsão da construtora Odebrecht do país andino, o governo brasileiro decidiu adiar compromissos diplomáticos com Quito. Ao nosso governo e à nossa mídia pouco interessa clarear as irregularidades cometidas pela empresa brasileira, aliada à mundialmente mal-afamada francesa Alstom, na construção de uma usina hidrelétrica que teve de ser fechada após um ano de uso.
As providenciais e firmes atitudes do governo do Equador, que inclui o combate a uma farta e usual distribuição de propinas pelas empresas envolvidas, conflitam com a passividade com que a mídia nacional e o governo de São Paulo vêm tratando as lambanças e tragédias dessas mesmas empresas.
A obra da linha 4-Amarela, tocada pelo bando de empresas que inclui as mesmas Odebrecht e a mundialmente mal-afamada francesa Alstom, desde maio de 2007 já danificou e/ou afundou mais de 300 casas no bairro de Butantã. Em janeiro de 2007, uma obra do mesmo bando na futura estação Pinheiros, também na zona oeste, cedeu. Matou sete pessoas e engoliu alguns veículos.
O consórcio de empresas atribuiu a tragédia a "surpresas" geológicas. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas, por outro lado, deu como causa o descumprimento de parte do projeto pelas empreiteiras. Como no Equador, exceto pela complacência de Estado e Mídia.
Sobram razões ao governo do Equador para lastimar a reação do governo brasileiro na questão entre aquele país e a Odebrecht. O governo Lula, cada vez mais obsequioso com as pressões da mídia nacional, assume a defesa dos interesses de uma empresa que, ultimamente agindo em bando, tem sido protagonista de algumas lambanças e tragédias, no Brasil e no exterior.
Em resposta à expulsão da construtora Odebrecht do país andino, o governo brasileiro decidiu adiar compromissos diplomáticos com Quito. Ao nosso governo e à nossa mídia pouco interessa clarear as irregularidades cometidas pela empresa brasileira, aliada à mundialmente mal-afamada francesa Alstom, na construção de uma usina hidrelétrica que teve de ser fechada após um ano de uso.
As providenciais e firmes atitudes do governo do Equador, que inclui o combate a uma farta e usual distribuição de propinas pelas empresas envolvidas, conflitam com a passividade com que a mídia nacional e o governo de São Paulo vêm tratando as lambanças e tragédias dessas mesmas empresas.
A obra da linha 4-Amarela, tocada pelo bando de empresas que inclui as mesmas Odebrecht e a mundialmente mal-afamada francesa Alstom, desde maio de 2007 já danificou e/ou afundou mais de 300 casas no bairro de Butantã. Em janeiro de 2007, uma obra do mesmo bando na futura estação Pinheiros, também na zona oeste, cedeu. Matou sete pessoas e engoliu alguns veículos.
O consórcio de empresas atribuiu a tragédia a "surpresas" geológicas. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas, por outro lado, deu como causa o descumprimento de parte do projeto pelas empreiteiras. Como no Equador, exceto pela complacência de Estado e Mídia.
Para deixar as coisas como estão
Presidente da mais alta corte do país, chefe de um dos três poderes da República, o ministro Gilmar Mendes confessa ser sócio de empresa que mantém contratos sem licitação com diversos órgãos do governo federal. Sua empresa foi aquinhoada com cerca de 2,4 milhões desde o ano de 2000. Mais: o ministro comprou por vias transversas terrenos de 2 milhões de reais por um quinto do valor.
A divulgação dessas práticas nada republicanas do ministro foi por feita pela revista Carta Capital e entendida por ele como uma “pistolagem jornalística”, que “não condiz com o Estado de Direito e de liberdade”. Interessante notar como a mídia prontamente repercutiu esta avaliação de Gilmar, embora não tenha demonstrado o menor interesse em repercutir as revelações da Carta Capital.
À mídia interessa divulgar Gilmar apenas quando se trata de alardear uma não comprovada gravação telefônica do ministro, cujo interesse é reforçar sua estranha tese sobre uma pretensa crise de governabilidade no país. Uma paranóia extemporânea e suspeita.
Sobre a prática empresarial de Gilmar, vale lembrar que em idênticas circunstâncias, salvo pelo cumprimento dos preceitos licitatórios legais, o filho do presidente Lula quase foi crucificado pela mídia nacional. Reação incomparável com a do silencioso socorro feito com dinheiro público ao banco Nacional, dos Magalhães Pinto, unidos por laços familiares a um dos filhos de FHC.
A suspeita cumplicidade entre mídia, Gilmar e cardeais oposicionistas tenta forjar um clima de “estado policialesco”. No real, uma provável cortina de fumaça a tentar encobrir fatos adversos ao corporativismo de poder, como diz o jornalista Mino Carta, “para deixar as coisas como estão”.
O novo livro de Leandro Fortes
Um livro ousado onde o jornalista baiano, carioca e, desde 1990, brasiliense, Leandro Fortes, não diz como a profissão de jornalista deveria ser. Isso já é dito nos principais textos adotados nas escolas de jornalismo. Leandro mostra a profissão como ela é. E não esconde as regras obscuras dentro das redações nem os chefes sem escrúpulos, subservientes e sem caráter.
O jornalista, formado pela Universidade Federal da Bahia e pela vida de foca nas ruas de Salvador, revela neste “Os segredos das redações: o que os jornalistas só descobrem no dia-a-dia” como o jornalismo, uma profissão apaixonante e corajosa, cheia de boas conseqüências para a sociedade, consegue congregar tantas “alminhas pequenas abertas ao suborno e ao achaque”.
Os bastidores de uma das profissões mais romantizadas do planeta, o jornalismo, seus segredos e mitos, são revelados neste livro. É uma leitura essencial para os estudantes de jornalismo, para jornalistas recém-formados e profissionais das redações.
Professor de jornalismo no Instituto de Educação Superior de Brasília, Iesb, Leandro é autor de Jornalismo investigativo e co-autor de O Brasil no contexto. Em linguagem simples e objetiva, seu novo trabalho, editado pela Editora Contexto, contém 110 páginas de segredos da vida nos jornais.
Em Brasília, Leandro atuou no Correio Braziliense, e nas sucursais de O Estado de S Paulo, Zero Hora, Jornal do Brasil, O Globo, revista Época e TV Globo. Também foi chefe da Agência Brasil e da Radiobrás. É um dos fundadores e dirigentes da Escola Livre de Jornalismo, em Brasília. Também é repórter da sucursal brasiliense de revista Carta Capital.
Presidente da mais alta corte do país, chefe de um dos três poderes da República, o ministro Gilmar Mendes confessa ser sócio de empresa que mantém contratos sem licitação com diversos órgãos do governo federal. Sua empresa foi aquinhoada com cerca de 2,4 milhões desde o ano de 2000. Mais: o ministro comprou por vias transversas terrenos de 2 milhões de reais por um quinto do valor.
A divulgação dessas práticas nada republicanas do ministro foi por feita pela revista Carta Capital e entendida por ele como uma “pistolagem jornalística”, que “não condiz com o Estado de Direito e de liberdade”. Interessante notar como a mídia prontamente repercutiu esta avaliação de Gilmar, embora não tenha demonstrado o menor interesse em repercutir as revelações da Carta Capital.
À mídia interessa divulgar Gilmar apenas quando se trata de alardear uma não comprovada gravação telefônica do ministro, cujo interesse é reforçar sua estranha tese sobre uma pretensa crise de governabilidade no país. Uma paranóia extemporânea e suspeita.
Sobre a prática empresarial de Gilmar, vale lembrar que em idênticas circunstâncias, salvo pelo cumprimento dos preceitos licitatórios legais, o filho do presidente Lula quase foi crucificado pela mídia nacional. Reação incomparável com a do silencioso socorro feito com dinheiro público ao banco Nacional, dos Magalhães Pinto, unidos por laços familiares a um dos filhos de FHC.
A suspeita cumplicidade entre mídia, Gilmar e cardeais oposicionistas tenta forjar um clima de “estado policialesco”. No real, uma provável cortina de fumaça a tentar encobrir fatos adversos ao corporativismo de poder, como diz o jornalista Mino Carta, “para deixar as coisas como estão”.
O novo livro de Leandro Fortes
Um livro ousado onde o jornalista baiano, carioca e, desde 1990, brasiliense, Leandro Fortes, não diz como a profissão de jornalista deveria ser. Isso já é dito nos principais textos adotados nas escolas de jornalismo. Leandro mostra a profissão como ela é. E não esconde as regras obscuras dentro das redações nem os chefes sem escrúpulos, subservientes e sem caráter.
O jornalista, formado pela Universidade Federal da Bahia e pela vida de foca nas ruas de Salvador, revela neste “Os segredos das redações: o que os jornalistas só descobrem no dia-a-dia” como o jornalismo, uma profissão apaixonante e corajosa, cheia de boas conseqüências para a sociedade, consegue congregar tantas “alminhas pequenas abertas ao suborno e ao achaque”.
Os bastidores de uma das profissões mais romantizadas do planeta, o jornalismo, seus segredos e mitos, são revelados neste livro. É uma leitura essencial para os estudantes de jornalismo, para jornalistas recém-formados e profissionais das redações.
Professor de jornalismo no Instituto de Educação Superior de Brasília, Iesb, Leandro é autor de Jornalismo investigativo e co-autor de O Brasil no contexto. Em linguagem simples e objetiva, seu novo trabalho, editado pela Editora Contexto, contém 110 páginas de segredos da vida nos jornais.
Em Brasília, Leandro atuou no Correio Braziliense, e nas sucursais de O Estado de S Paulo, Zero Hora, Jornal do Brasil, O Globo, revista Época e TV Globo. Também foi chefe da Agência Brasil e da Radiobrás. É um dos fundadores e dirigentes da Escola Livre de Jornalismo, em Brasília. Também é repórter da sucursal brasiliense de revista Carta Capital.
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