Quando o negro for belo
Uma reflexão sobre como na língua o negro está manchado irremediavelmente é oportunizada com a chegada de Obama ao poder. É o que propõe a jornalista Sandra Russo, do jornal argentino Página/12, sugerindo que se estabeleçam algumas normas que permitam àqueles que trabalham com a responsabilidade da informação um necessário cuidado com a linguagem.
Sandra lembra que a reflexão consta de consagrada letra do músico colombiano Andrés Landera, cujo título é bastante eloqüente: “O que acontecerá quando o negro for belo?”. O questionamento de Landera é pertinente face à enorme quantidade de conotações pejorativas, depreciativas e discriminatórias que nos proporciona a fala quotidiana para nos referirmos ao negro.
Os negros são aqueles que têm a pele da mesma cor que tudo o que nos espanta. Qualquer dia da semana inocente se assenta na catástrofe ou na tragédia quando se lhe agrega o adjetivo “negro”, como: “uma quarta-feira negra para as bolsas”. O negro, como a esquerda, diz Sandra, foi deslocado na língua para zonas obscuras e miseráveis. O branco conota pureza o negro trás a idéia de sujeira.
Enquanto o branco é o vestido da noiva, negras são as vestes da viúva. Do mesmo modo, atuar pela esquerda é fazer trapaça, corromper-se, delinqüir. Ir pela direita, em troca, é ser frontal, ter coragem, paciência, moral. E a historia ocidental está escrita por uma mão branca.
É compreensível o pipocar de alegria com a eleição de um afro-americano. Boa ocasião para rever as costuras da nossa língua. Mas, Colin Powell e Condoleeza Rice foram negros aceitos por esquecerem quem eram. Melhor torcer por Obama pelo que prometeu fazer. Não por sua negritude.
"Obama deve fechar Guantânamo. Deveria proibir publicamente a tortura" (Irene Khan)Uma reflexão sobre como na língua o negro está manchado irremediavelmente é oportunizada com a chegada de Obama ao poder. É o que propõe a jornalista Sandra Russo, do jornal argentino Página/12, sugerindo que se estabeleçam algumas normas que permitam àqueles que trabalham com a responsabilidade da informação um necessário cuidado com a linguagem.
Sandra lembra que a reflexão consta de consagrada letra do músico colombiano Andrés Landera, cujo título é bastante eloqüente: “O que acontecerá quando o negro for belo?”. O questionamento de Landera é pertinente face à enorme quantidade de conotações pejorativas, depreciativas e discriminatórias que nos proporciona a fala quotidiana para nos referirmos ao negro.
Os negros são aqueles que têm a pele da mesma cor que tudo o que nos espanta. Qualquer dia da semana inocente se assenta na catástrofe ou na tragédia quando se lhe agrega o adjetivo “negro”, como: “uma quarta-feira negra para as bolsas”. O negro, como a esquerda, diz Sandra, foi deslocado na língua para zonas obscuras e miseráveis. O branco conota pureza o negro trás a idéia de sujeira.
Enquanto o branco é o vestido da noiva, negras são as vestes da viúva. Do mesmo modo, atuar pela esquerda é fazer trapaça, corromper-se, delinqüir. Ir pela direita, em troca, é ser frontal, ter coragem, paciência, moral. E a historia ocidental está escrita por uma mão branca.
É compreensível o pipocar de alegria com a eleição de um afro-americano. Boa ocasião para rever as costuras da nossa língua. Mas, Colin Powell e Condoleeza Rice foram negros aceitos por esquecerem quem eram. Melhor torcer por Obama pelo que prometeu fazer. Não por sua negritude.
O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, deveria retirar o embargo comercial contra Cuba, disse Irene Khan, Secretária-geral da Anistia Internacional, na última sexta-feira, 7/11. Para ela, essa mudança na política de Washington pode ajudar Obama a restaurar a autoridade dos EUA, prejudicada pela administração do presidente George W. Bush.
"Nós gostaríamos que o presidente eleito Obama retirasse o embargo contra Cuba, (embargo) que acreditamos não estar contribuindo com os direitos humanos”, disse Khan. Ela também pediu o fechamento do centro de detenção de Guantânamo, em Cuba, onde centenas de supostos membros da Al Qaeda e do Taliban são mantidos presos sem culpa formada e sem defesa, há sete anos.
Em 29 de outubro, a Assembléia Geral da ONU aprovou, pela 17ª vez, uma resolução que pede o fim do embargo econômico e comercial imposto há quase meio século pelos EUA contra Cuba. Dos 192 países que integram a ONU, 185 países votaram a favor, apenas Estados Unidos, Israel e... Palau (?) foram contra. Outros dois países (países?) se abstiveram: Ilhas Marshall e Micronésia.
Pelo que manifestam a ONU, a Anistia Internacional e, agora, as novas gerações de cubanos que moram na Flórida, o mundo espera de Obama o fim do insano bloqueio. E que feche a prisão de Guantânamo, onde centenas de homens são torturados, sem direito a um julgamento justo.
A eleição de Obama representa uma esperança. Entretanto, declarações da sua equipe de transição, nesta terça-feira (11/11), de que está “em estudo” uma maneira, porque fechar Guantânamo “é complicado”, frustra essa esperança de uma nova atitude em Washington.
Vale do Rio Doce licencia usina a carvão na Amazônia em região intensamente desmatada.
Termelétrica para abastecer o pólo siderúrgico de Carajás emitirá 2,2 milhões de toneladas de gás carbônico por ano. O Projeto contribui para sujar a matriz energética brasileira e deve minar o plano do Serviço Florestal Brasileiro de reflorestar em grande escala na região, intensamente desmatada. A informação é da jornalista Afra Balazina, da agência Reuters, nesta quarta-feira, 12 de novembro.
A emissão de CO2 da usina equivale a 3,6% das emissões de todo o setor energético brasileiro. Segundo Tasso Azevedo, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, a criação da usina amplia o uso do mais sujo dos combustíveis, o carvão mineral. Para ele, poderia ser usado carvão vegetal, por meio do plantio de novas florestas. E, ao mesmo tempo, recuperaria áreas hoje degradadas.
A opção pela termelétrica parece contrariar o discurso de sustentabilidade da empresa. Em seu site, a Vale explica suas "diretrizes corporativas sobre mudanças climáticas e carbono". Entre elas estão "promover a eficiência energética e a redução do consumo dos combustíveis fósseis".
Lucro fácil e rápido? A Vale admite que optou pela térmica para ter energia no curto prazo. "Hoje as termelétricas são a única opção viável em volume, custo e, principalmente, em prazo compatível para evitar que o Brasil corra o risco de racionamento de energia a partir de 2010."
Além de tudo, a Vale está dando sinais de que vai trazer carvão mineral não só para gerar energia, mas também para abastecer as guseiras de Carajás, o que prejudicará ainda mais o reflorestamento. Hoje, as siderúrgicas utilizam carvão vegetal, muitas vezes ilegal. Para o secretário estadual do Meio Ambiente do Pará, Valmir Ortega, cerca de 20% do carvão vegetal não tem origem legal.
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