quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Efeito estufa

1. O governo dos Estados Unidos cada vez mais se isola em suas atitudes imperiais de desrespeito aos protocolos multilaterais que buscam melhor qualidade de vida para a Humanidade.
2. O presidente colombiano Álvaro Uribe não é bem visto pelo Parlamento Europeu nem pelo Senado dos EUA. Motivo: antigas ligações com o narcotráfico e atuais com o banditismo paramilitar.
3. "Identifico-me muito com sua cultura. Parece que meu Departamento de Estado não pôde encontrar um visto para mim” (cineasta Brian De Palma, lamentando ser impedido de ir à Cuba).
4. A campanha de repetição de mentiras e interpretações tendenciosas que atribuem déficit à Previdência Social prossegue sem pausa. Como se sabe desde os tempos de Joseph Goebells, uma mentira reiterada muitas vezes acabará por ser aceita como verdade. O "mito" sobre o déficit da Previdência Social é reforçado pela massificação de informações distorcidas de “especialistas” no interesse do sistema de capitalização da previdência privada


Os EUA são o único país desenvolvido que se negam a ratificar o Protocolo de Kyoto. O novo primeiro-ministro australiano, o trabalhista Kevin Rudd, ratificou nesta segunda-feira, 3 de dezembro, o Protocolo de Kyoto, que compromete às nações a reduzirem sua emissão de gases de efeito estufa, horas depois de assumir seu cargo, destacando que os Estados Unidos são agora o único país desenvolvido em negar-se a essa ratificação.

“Este é o primeiro ato oficial do novo governo australiano, o que demonstra o compromisso para afrontar a mudança climática”, afirmou Rudd em seu discurso de posse. Nesta semana, ele viajará a Bali para assistir à Cúpula sobre esse tema. O Protocolo de Kyoto, que data de 1997 e expira no ano 2012, compromete aos países signatários a reduzirem suas emissões de gases com efeito estufa, que causam o aquecimento global.
Matéria do Granma Internacional
de 4 de dezembro de 2007.

Mãe de Ingrid "suplica" ajuda de Lula. Yolanda, a mãe da ex-presidenciável colombiana Ingrid Betancourt, mantida refém pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) há cinco anos e nove meses, quer a ajuda do presidente Lula para libertar sua filha, informa reportagem de hoje (05/12) da Folha de S.Paulo. Ingrid foi seqüestrada em fevereiro de 2002, durante sua campanha para a Presidência da República. Na semana passada, o governo colombiano apreendeu as provas de vida de 16 reféns, incluindo Ingrid, sendo esta a primeira evidência desde 2003 de que ela continua viva.

Entre as provas, fotos, vídeos e uma carta de 12 páginas enviada à sua mãe em que ela conta o desespero dos reféns. Yolanda pediu à filha para não perder a esperança e, na entrevista à Folha, atacou o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, chamando-o de "arrogante" e "insensível". No último dia 21, ele afastou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, das mediações entre o governo colombiano e as FARC para a libertação de reféns, acusando-o de interferir em assuntos internos da Colômbia.

O afastamento de Chávez deu início a uma séria crise diplomática entre os dois países. Desde então, as relações estão "congeladas". Agora, Yolanda pede a ajuda de Lula para um acordo humanitário com as FARC. "Eu suplico a ajuda de Lula e do governo brasileiro para que intervenham", disse. Yolanda diz nunca ter duvidado de que sua filha estivesse viva.
Matéria da Folha Online
com informações de Laura Capriglione e Marlene Bergamo.

Brian De Palma não foi autorizado a viajar a Havana. Brian De Palma, um dos nomes-chaves do cinema norte-americano contemporâneo, não pôde chegar a Havana para o 29º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, pois, como diria numa mensagem lida na inauguração, o "Departamento de Estado não pôde encontrar um visto para mim". Porém, seu mais recente filme, Redacted, uma extraordinária denúncia acerca da tragédia que significa a invasão ao Iraque e como tem sido apresentada pela chamada grande imprensa, abriu o encontro cinematográfico anual, no teatro Karl Marx da capital.

Lotado, umas cinco mil pessoas emudeceram ante a intensa emoção, e comoção, que provoca o filme, prêmio ao melhor diretor no Festival de Cinema de Veneza de 2007. O filme foi apresentado por suas produtoras que manifestaram que para elas era uma honra apresentar o filme em Havana e pela primeira vez na América Latina. Imediatamente leram a breve mensagem enviada por De Palma no qual afirma sentir um grande amor pelo povo cubano.
Texto original de Mireya Castañeda
, publicado no Granma Internacional.

É mentira: a Previdência Social não tem déficit! No Fórum pela Seguridade Social, em setembro de 2007, o ex-ministro Raphael de Almeida Magalhães relatou advertências que recebera da equipe econômica do governo da época, sobre os problemas de caixa que enfrentaria no ministério. Contudo a Previdência, em sua gestão e nas seguintes, chegou a obter superávits superiores a US$ 1 bilhão e a destinar 30% de seu caixa para a pasta da Saúde, apesar das adversidades que teve de enfrentar e de resolver.

Acordo firmado, à época, entre o PMDB e o PFL, na transição democrática, garantia ao deputado federal mais votado em cada município indicar o representante daquele município no Funrural. "Eram situações delicadas", observou. Os recursos previdenciários permaneciam até 30 dias nos bancos, sendo diluídos pela alta inflação do período. Essa prática que ele teve de dar fim, mesmo diante da forte reação dos banqueiros. Ele defendeu o princípio de que as contas do sistema de Seguridade Social seriam ajustadas pela receita, e não pelo corte nas despesas, como prevaleceu no texto constitucional de 1988.

Afirma o ex-ministro que no governo FHC o Tesouro Nacional "passaria a mão" nas contribuições sociais (Cofins, CSLL), que constituíam receitas do sistema da Seguridade Social, para fazer o superávit primário e pagar juros da dívida pública. Hoje, Raphael defende que sejam devolvidos ao sistema previdenciário "os recursos roubados" da Previdência, bem como extinta a aposentadoria por tempo de serviço. E condena "esta cultura de que a Previdência é deficitária. Ela não o é. Pelo contrário, o sistema de Seguridade Social é superavitário, se respeitados os princípios constitucionais".
Leia na íntegra matéria do Jornal dos Economistas
, de setembro 2007.

BRINDE: CHICO BUARQUE DE HOLLANDA INTERPRETA "CONSTRUÇÃO".

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