quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O dedo na ferida

1. Os caixas-dois de milhares de advogados, médicos, dentistas, de quem poucos de nós, para usufruir redução no preço do serviço, não dispensaram a respectiva nota fiscal, tornam-nos comparsas do esperto profissional no crime de lesa-pátria. Hoje, essa gente (parodiando Bornhausen) reforça as campanhas do tipo Xô, CPMF!
2. ''Los verdaderos cobardes son aquéllos que desde los feudos nos tratan de cobardes por no acceder a sus insinuaciones de romper con la democracia y el mandato que nos confiere la Constitución'' (Wilfredo Vargas, comandante das FFAA da Bolívia).
3. Nesta quarta-feira, o IBGE divulgou que a Economia do país cresceu no terceiro trimestre 5,7% em relação a um ano antes. Neste mesmo dia, divulgação da pesquisa CNI/Ibope revelou que a nota média para o Governo Lula manteve o patamar de 6,6 em dezembro.
4. Entrevistados brasileiros querem participar do processo de decisão sobre o que é noticiado na mídia (74%). Outros 44% dizem que abandonaram sua fonte de informação no último ano por perda de confiança. E na Alemanha, Estados Unidos e Grã-Bretanha os entrevistados duvidam da mídia em seus países quanto à precisão e honestidade (pesquisa da BBC).


(...) Para se combater a CPMF, basta o perfil ludibrioso oposicionista e midiático. Agora com o reforço corporativo da poderosa FIESP. À mão a mesma falsa cantilena a repetir ser a nossa carga tributária a maior do mundo. Não o é. E ninguém lhe acrescentou qualquer alíquota desde 1º de janeiro de 2003. Pouco antes, crescera cerca de 50%. O que hoje cresceu foi o volume de arrecadação como decorrência do aumento da bem-vinda movimentação da nossa economia e do aperfeiçoamento do mecanismo da cobrança dos impostos.

Mais: Foram desonerados impostos na área da cesta básica e da construção civil, na indústria de informática, entre outras, beneficiando a população mais pobre. Mas, isso não interessa à FIESP, cujo presidente, Paulo Skaf, amargou em público dura crítica do pai da contribuição, Professor Adib Jatene, com seu dedo de cirurgião na ferida: ''É que a CPMF não dá para sonegar!''. Confirmam a tese de Jatene os fatos de que a tributação sobre o consumo e o incidente sobre os salários dos trabalhadores respondem por 65% dos tributos no Brasil e que 60 dos 100 maiores pagadores de CPMF são sonegadores habituais do Imposto de Renda.

A contribuição foi um artifício provisório, fruto da genialidade criativa e espírito público do Professor Adib, para tentar enfrentar e suprir o crônico desrespeito da nossa elite dirigente pelos recursos da e pela própria saúde pública. A condição de transitoriedade da contribuição foi subordinada à prometida reforma tributária que até hoje não chegou e ninguém parece ter interesse, principalmente os governadores e suas guerras fiscais sem fim. Por conseqüência, a causa que deu origem à contribuição não foi, ainda, superada. E a CPMF continua, portanto, provisória. E necessária. (...)
Leia o texto completo de Sidnei Liberal
, A hiena Hardy e a CPMF, no Portal Vermelho.

Las Fuerzas Armadas respaldan a Evo Morales (tradução: As FFAA ao lado da Democracia, como deve sempre ser). El comandante de las Fuerzas Armadas de Bolivia, general Wilfredo Vargas, defendió la ''revolución social'' del presidente Evo Morales y llamó ''cobardes'' a los opositores que insinuaron a los militares ''romper con la democracia'', según un discurso suyo publicado ayer en la prensa local. Vargas dio el respaldo al mandatario y lanzó las criticas a los opositores durante un acto celebrado para la graduación de nuevos oficiales de las Fuerzas Armadas y al que asistió el mismo presidente Morales.

''Felizmente estamos al borde de una revolución, no de una revolución violenta, sino de una revolución social silenciosa'', dijo Vargas al sostener que ese proceso restablecerá el ''imperio de las virtudes'' legadas por los libertadores de la patria. Llamó a los nuevos oficiales a preservar los mandatos señalados por la Constitución, aunque sean tratados de ''cobardes'' por sectores que pretenden que las Fuerzas Armadas se alejen de la normas constitucionales.
Leia o texto completo de Martin Alipaz da agência EFE para El Nuevo Herald.


Economia do país cresce 5,7% em relação a um ano antes. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O destaque de crescimento em comparação com o terceiro trimestre de 2006 foi a agropecuária, que avançou 9,2%. A indústria vem a seguir, com elevação de 5%. Serviços fica em terceiro, com 4,8% de expansão. O consumo das famílias subiu 6% perante o terceiro trimestre de 2006, marcando o 16º avanço consecutivo nesse tipo de confronto. O consumo do governo avançou 3,5%.

Governo tem aprovação de 51% da população. Pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quarta-feira, aponta crescimento de três pontos percentuais na avaliação positiva do governo federal: 51% da população classifica o governo como "ótimo" ou "bom". No mês de setembro, quando foi realizado o último levantamento, a aprovação era de 48%. O índice de aprovação de dezembro é o mais alto do ano. Já na avaliação negativa, 17% qualificam o governo como "ruim" ou "péssimo". Este indicador caiu um ponto percentual em relação a setembro.

A aprovação em relação ao presidente Lula cresceu dois pontos percentuais em dezembro, chegando ao patamar de 65%. A desaprovação ao presidente recuou três pontos percentuais: de 33% em setembro para 30% neste mês. O crescimento do saldo de aprovação é expressivo entre os jovens, na faixa com nível superior, entre os que recebem entre 5 e 10 salários mínimos e nos municípios que possuem entre 20 mil e 100 mil habitantes.
Leia os textos completos no UOL, Economia e no UOL, Últimas notícias.


Brasil lidera preocupação com concentração na mídia. Pesquisa encomendada pela BBC avaliou opinião de mais de 11 mil pessoas em 14 países. No levantamento, 80% dos brasileiros se mostram os mais preocupados com a concentração dos meios de comunicação nas mãos de um "pequeno número de grandes empresas do setor privado" e acreditam que esse controle pode levar à “exposição das visões políticas” de seus donos no noticiário. Em outros países também se compartilha (mais de 70%) da mesma opinião, como no México, Estados Unidos e Grã-Bretanha.

Mais venezuelanos do que brasileiros acham que têm mídia livre. A pesquisa da BBC revela, ainda, que os venezuelanos acreditam na liberdade da mídia em seu país para cobrir os fatos de forma “precisa, verdadeira e imparcial”. Entre os venezuelanos, 63% disseram acreditar na liberdade da imprensa local. Entre os brasileiros, esse percentual cai para 52%. O índice venezuelano também é maior do que a média geral de 56% obtida nos 14 países pesquisados.
A posição venezuelana contraria uma avaliação feita em outubro passado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras que colocou a Venezuela em 114º lugar numa lista de 169 países. O Brasil ocupou a 84ª posição. Mas, o estudo da BBC apontou que os venezuelanos “são um dos maiores defensores da liberdade de imprensa e têm uma visão positiva sobre a liberdade que os órgãos de comunicação gozam no país para cobrir notícias de forma precisa, verdadeira e imparcial”.
Leia os dois textos completos em BBC Brasil.com.


BRINDE: MILTON NASCIMENTO INTERPRETA “TRAVESSIA".

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