terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Mais agenda positiva

1. Dados do IBGE desta segunda-feira, 14/01/2008, revelam que o emprego industrial e o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores apresentaram em novembro a maior expansão desde dezembro de 2004. Uma evolução positiva dos índices do emprego corresponde ao maior dinamismo da atividade produtiva. Mais uma agenda positiva a festejar.
2. Na América Latina e Caribe os investimentos estrangeiros somaram US$ 125,8 bilhões em 2007. Um crescimento de 50% em relação a 2006 devido a novos investimentos e expansão da produção de empresas já instaladas. Nesse ponto, o Brasil foi vice-mundial, cresceu 100%.
3. Nos últimos seis meses o índice da bolsa paulista seguindo uma tendência diferente da de Nova York tem se valorizado, apesar da queda do índice nova-iorquino pressionado pela crise imobiliária nos EUA.
4. EUA, China e Rússia são os principais consumidores de energia do mundo e dependentes do exterior para a maior parte de seu petróleo, com isso, empreendem uma corrida desesperada para garantir seu abastecimento energético. Bom para quem produz.


The New York Times: o futuro do Brasil é agora. Consistentes democracias de massa despontaram por toda a América Latina, lideradas por personalidades tão diversas quanto Lula, Bachelet e Chávez. Os resultados têm sido desiguais, embora, passo a passo, todos têm se movido no rumo do futuro. Um progresso que carrega nos ombros, porém, uma acumulada disparidade crônica da distribuição de renda. A ascensão de Lula refletiu principalmente a esperança da superação dessa desigualdade e do sonho do desenvolvimento desta parte do mundo.

Nesse rumo, a visão astuta e pragmática do presidente Lula combina uma relação amistosa e parceira com os EUA com a ampliação da relação com as demais lideranças da América Latina. Como objetivo, a integração e fortalecimento do bloco sul-americano. A boa maré que flui positivamente na direção do Brasil entusiasma até o representante do The New York Times, em São Paulo, Roger Cohen: “O futuro do Brasil é agora”, diz. Ele aponta cinco motivos para o otimismo: vastidão de terras agricultáveis, progressiva exportação de matérias-primas e alimentos, diversidade e exuberância em produção de energia, riqueza do meio ambiente e a avidez do mercado chinês.

Nada disso seria significativo se o Brasil fosse um país instável. Mas, como grande parte da América Latina, ele se tornou previsível. A China percebeu isso e rapidamente volta grande parte do seu foco às relações comerciais com este lado do mundo. Os EUA também têm buscado uma série de acordos de livre comércio, com resultados frustros. A transformação da América Latina nas últimas décadas foi subestimada. Política e econômica, mas também cultural. Os profundos preconceitos contra as populações indígenas, mestiças e mulatas foram confrontados e, se não vencidos, fortemente minados. Em termos históricos, este tem sido um momento de maior poder, com saudável presença da pele escura.
Leia o texto completo e original de Roger Cohen para The New York Times.

O Brasil é o 2º país onde o investimento estrangeiro direto mais cresceu em 2007. É a estimativa divulgada dia 08/01 pela Unctad, órgão da ONU que trata do desenvolvimento. O volume líquido de investimento direto recebido pelo Brasil deve dobrar em relação a 2006 e chegar a US$ 37,4 bilhões. (Notícia amplamente escondida pela mídia nacional e pela oposição demo, todos muito empenhados em condenar o governo e em desinformar o público sobre os reajustes tributários necessários a manter saudável nossa economia).

De acordo com a Unctad, a maior parte dos investimentos recebidos pelo Brasil destina-se a aumentar a produção industrial. No país onde mais cresceu o investimento estrangeiro, a Holanda, a entrada de capital externo se deveu à venda do banco holandês ABN-Amro para o espanhol Santander, por US$ 98,5 bilhões. Também o México e o Chile praticamente dobraram o volume de recursos estrangeiros. O volume total de no mundo chegou ao montante recorde de US$ 1,5 trilhão.

O país que mais recebeu recursos (em valores absolutos) foi os EUA: US$ 192,9 bilhões (crescimento de 10%). A depreciação do dólar ajudou a manter o país atraente para o investimento estrangeiro, mesmo com a desaceleração do ritmo de crescimento da sua economia. Estes recursos, por sua vez, ajudaram a reduzir os efeitos da sua crise imobiliária. Mas, a Unctad não descarta a probabilidade cada vez maior de uma recessão nos Estados Unidos e a incerteza sobre suas repercussões no mundo.
Leia o texto integral e original da BBC BRASIL.com, divulgado pela UOL.

A Bovespa ganha vida própria. O mercado brasileiro subiu de patamar e depende cada vez menos dos humores da bolsa de Nova York. O ano de 2007 ficará marcado na história do mercado de capitais brasileiro graças à abertura de capital da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Mas talvez a verdadeira transformação tenha sido outra: ao longo dos últimos meses, ela vem gradualmente se descolando da de Nova York. É como se tivesse ganhado vida própria depois de anos em que o vaivém das ações de empresas brasileiras era ditado quase exclusivamente pelos burburinhos vindos do mercado dos EUA e pelo aporte de investidores estrangeiros.

Em dezembro, a alta acumulada da bolsa brasileira era de 39%, enquanto a de Nova York era de 2% no mesmo período. É a 1ª vez que esses índices se afastam tanto desde o início do Plano Real. Isso aconteceu porque a economia e o mercado de capitais brasileiro foram capazes de gerar fatos fortes o suficiente para se sobrepor à influência externa. Entre os fatos, o maior crescimento do PIB, o equilíbrio das contas externas e a perspectiva de o país obter o grau de investimento das agências internacionais de risco.
Leia o texto original de Giuliana Napolitano para o Portal Exame

Conseqüências geopolíticas do poder energético: o nacionalismo de recursos provoca uma nova guerra fria. Um espectro percorre o planeta em tempos de recursos energéticos escassos e preços do petróleo disparados. Arrepia cabelos nas capitais tradicionais do poder e reúne líderes nada assemelhados ao consenso liberal de globalização, privatização e mercados livres, de Hugo Chávez a Evo Morales, de Vladimir Putin a Mahmud Ahmadinejad. É o nacionalismo de recursos, o novo poder geopolítico dos produtores de petróleo e gás, que se estende do Oriente Médio à América Latina, da antiga União Soviética à África.

"Estratégia de países com recursos energéticos para usá-los em seu próprio desenvolvimento, em vez de otimizar as receitas das empresas", disse Roger Tissot, da PFC Energy de Toronto. Todos os dias surgem novas alianças entre os nacionalistas de recursos. Na Bolívia, a Gazprom, gigante de energia controlada pelos russos, já presente na Venezuela, anunciou um investimento de 1,4 bilhão de euros no setor de gás boliviano, justamente no momento em que as multinacionais privadas andam “assustadas” com as políticas de nacionalização do presidente Evo Morales.

"Ressurgem políticas de colaboração entre a Bolívia e a União Soviética, como nos anos 50; estão reinventando a Guerra Fria", diz Tissot. Mais que uma nova guerra: um conflito muito aquecido na luta global por recursos energéticos. O preço do petróleo beirando US$ 100 o barril, dez vezes mais que em 2000, dá aos produtores energéticos um peso geopolítico que não conheciam desde o embargo de petróleo pela Opep na década de 1970.
Leia a matéria completa de Andy Robinson , de La Vanguardia, Madri.

BRINDE: UM JOVEM TOTALMENTE SEQUELADO FOI TENTAR CONVERTER ARIANO SUASSUNA MUSICALMENTE. RESULTADO? UMA PÉROLA! ( CLIQUE AQUI ).

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