domingo, 30 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
A guerra dos botões
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Mentiras tucanas no debate
Serra usou informação duvidosa ao falar de SP Investimento não triplicou; a taxa passou de 0,43% do PIB para 0,97% (*) Destaque deste Boletim HSLiberal |
terça-feira, 25 de maio de 2010
Painel do Leitor... da Folha de S Paulo

Sidnei Liberal, deste Boletim H S Liberal, encaminhou no dia de hoje ao Painel do Leitor da Folha de S Paulo a seguinte opinião. (Concordam?):
O colunista Marcos Nobre sempre chega atrasado com suas opiniões, como hoje, a tentar minimizar a importância do acordo Brasil/Hungria/Irã.
Pior: chega na contramão do que já disseram sobre o assunto o experimentado jornalista Jânio de Freitas, o próprio editorial da FOLHA e o consagrado economista Bresser-Pereira.
As opiniões de Nobre também destoam dos principais jornais europeus, Le Monde, Financial Times e outros, que preferem a paz.
Apenas coincidem, como não podia deixar de ser, com The New York Times e Washington Post, que preferem a ocupação pelos EUA dos campos de petróleo do Irã, como foi feito no Iraque.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Cuidado com as filhas de Obama
Era uma referência à mais nova arma de extermínio do império que ele governa: o veículo aéreo não tripulado, os aviões zangões da CIA, que vêm realizando operações de assassinato no Afeganistão e no Paquistão. Também já foram usados no Iêmen e na Somália, segundo reportagem especial da Reuters, publicada no Huffington Post, sob o sugestivo título de "Como a Casa Branca aprendeu a amar o programa de aviões zangões da CIA".
Mais que uma banalização dos assassinatos, a permanente exibição desses zangões representam a velha arrogância da cultura do poder nos EUA, daquelas que os caubóis de Hollywood materializavam em suas pistolas e botas cravejadas de prata, diante do povoado assustado. A mesma arrogância das ameaças de autoridades da Casa Branca, mostrada no Estadão desta terça-feira: “O Brasil está desperdiçando toda a boa vontade dos EUA... Se o acordo for usado por outros países para adiar as sanções, isso vai prejudicar Brasil e a Turquia nos EUA”.
“O acordo não muda as medidas que estamos adotando para que o Irã cumpra suas obrigações, incluindo sanções”, disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. Uma arrogância que bate de frente com a receptividade do Financial Times, que em editorial apoiou o acordo como uma saída para o impasse com o Irã. Ou com a observação do Council on Foreign Relations, de NY, a instituição mais influente sobre a política externa dos EUA, para quem o acordo “põe EUA e seus parceiros europeus em situação difícil”, mas “afinal, receber bem a troca de combustível anunciada pode ser a escolha certa para os EUA”.
O analista David Rothkopf, da Foreign Policy, avalia que o acordo pode ter derrubado anos de decisão bilateral entre EUA e União Soviética e depois EUA e a “comunidade internacional”, no conflito para definir os rumos da região. O acordo Brasil/Turquia/Irã também foi reconhecido por setores brasileiros que costumam ser críticos à nossa política externa, como a Folha de S Paulo, em editorial nesta terça-feira. Como o ex-ministro Rubens Ricupero, em entrevista ao portal Terra Magazine, e como o jornalista Jânio de Freitas, para quem “Já se pode considerar que Lula e a sua equipe de relações externas fizeram no Irã um trabalho positivo para o Brasil”.
Em editorial nesta terça-feira The Guardian também caminha na contramão da arrogância de EUA e “comunidade internacional”. O sóbrio jornal britânico disse que o rascunho de sanções preparado contra o Irã “pode ser visto como um tapa das grandes potências nos esforços de negociação de outros países”. E aconselhou: “porém, neste mundo multipolar, Obama não pode se permitir tal coisa”. O jornal também elogiou Turquia e Brasil e lembrou o Japão: “juntas, essas nações assumiram o papel de negociador honesto abandonado por Inglaterra, França e Alemanha”, disse The Guardian.
Na mesma contramão, Roger Cohen, do New York Times, lamenta que Brasil e Turquia tenha sido esnobados depois de “responderam ao chamado de Obama por uma nova era de responsabilidades compartilhada”. Para Cohen, os EUA não conseguem mais "impor soluções" às crises globais e sua reação ao acordo em Teerã "não fez nenhum sentido". Também o francês Le Monde, em editorial desta quinta-feira, destaca as atuações de Brasil e Turquia que, depois de sucessos nos temas ambiental e comercial, marcaram uma nova etapa. “Os livros de história vão guardar esta data, 17 de maio, quando o Brasil e a Turquia propuseram à ONU o acordo negociado com Teerã”.
Se os zangões predadores de Obama deixarem.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Todos os homens do presidente

Desde 1976, quando foi lançado por Hollywood, o bom filme do diretor Alan J. Pakula é recomendado aos estudantes de Jornalismo em todas as universidades do mundo. Dustin Hoffman e Robert Redford nos papéis de Carl Bernstein e Bob Woodward, jovens repórteres do Washington Post que deflagraram a investigação jornalística que culminou com a renúncia do poderoso presidente Richard Nixon. Hoje, o mundo todo conhece os verdadeiros atores, heróis do emblemático caso de corrupção política dos EUA. Eles já percorreram por mais de uma vez milhares de auditórios a falar sobre o famoso “Caso Watergate”.
Carl Bernstein entende que a função fundamental do jornalista é dar aos seus leitores, ouvintes e espectadores a versão mais verdadeira possível de se obter. Ele percebe, no entanto, que atualmente estamos perdendo esse ideal de vista, substituído por uma cultura jornalística cada vez mais distante do real, da verdade. “A mídia dilapida seu único patrimônio”, costuma dizer. São preocupações que não as têm os donos da mídia e, por omissão, oportunismo ou submissão, grande parte dos jornalistas brasileiros. Daí a pouca repercussão da presença de Carl Bernstein entre nós. De grande nome de um seminário a ator coadjuvante.
Sobre a liberdade de expressão, tema do seminário para o qual foi convidado especial, o repórter do Washington Post diz temer a banalização do seu conceito. Ele diz que se não soubermos usar essa liberdade, poderemos servir aos interesses da ignorância e da tirania. Como pudemos verificar em matéria do “Bom Dia, Brasil” (2), o seminário representa mais uma manifestação dos donos de jornais que não querem ver a mínima menção a regulamentação do exercício da atividade jornalística. Quer-se esconder que a regulamentação, em qualquer ramo de serviços, é um processo adotado nos mais importantes países democráticos do mundo, em respeito aos interesses da sociedade.
Os donos da nossa imprensa preferem ouvir lugares comuns repetitivos, de conteúdo vazio, como a fala do ministro Ayres Britto, do STM, para quem “a liberdade de imprensa tem precedência sobre os demais direitos”. Tentam argumentar com virulentas distorções da imprensa golpista venezuelana, convenientemente convidada. Ou seja, preferem surfar nas ondas globais da nova cultura jornalística que, como diz nosso herói do “Caso Watergate”, prioriza o culto à celebridade (do veículo ou do repórter) pela fofoca, pelo sensacionalismo, pela negação da verdade, pela injúria. Em lugar do rigor da apuração, a base fundamental da atividade jornalística.
(1) http://g1.globo.com/videos/bom-dia-brasil/v/carl-bernstein-fala-sobre-a-importancia-da-liberdade-de-imprensa/1257321/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20100504/page/1
(2) http://g1.globo.com/videos/bom-dia-brasil/v/seminario-discute-a-liberdade-da-imprensa-no-rio/1257317/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20100504/page/1domingo, 2 de maio de 2010
Um país protagonista

Em 2004, Lula já estava na lista da mesma Time. A revista reconhecia a liderança do presidente brasileiro numa “coalizão de nações em desenvolvimento que se recusaram a negociar novas regras de investimento estrangeiro até que os EUA e a União Europeia prometessem o fim dos subsídios agrícolas à exportação”. Para a revista, "ao contrário dos radicais contra a globalização, Lula insiste que não quer destruir a nova ordem mundial. Ele só quer que ela funcione de forma mais justa".
Também não é o ponto principal do orgulho brasileiro o fato de, no ano passado, Lula haver recebido destaque internacional ao ser eleito personagem do ano pelo jornal espanhol El País e “o homem do ano” pelo francês Le Monde. Para El País, Lula é “um homem que assombra o mundo... ele é cabal e tenaz”. Para Le Monde, “aos olhos de todos (Lula) encarna o renascimento de um gigante”. Em dezembro, o jornal britânico Financial Times também escolheu o presidente brasileiro como uma das 50 personalidades que moldaram a última década, porque “é o líder mais popular da história do Brasil”. “Charme e habilidade política... baixa inflação... programas eficientes de transferência de rendas...", disse o jornal.
Talvez devêssemos considerar que neste ano de 2010, antes da honraria da Time, o Brasil já havia sido distinguido pela Academia de Ciências Sociais da China. Os chineses querem mais representação para os emergentes, como o Brasil, “por serem indispensáveis”. No mais: O Times of Índia trata o presidente brasileiro de "herói em casa e estadista no palco global", "o homem do momento". Por seu turno, o estadunidense Yale Global disse do Brasil: “rompeu a aliança automática e submissa com os EUA e surfou a onda da globalização para se tornar uma potência econômica e diplomática”.
Ainda nos EUA, The Wall Street Journal, de 29/03, é ainda mais otimista em matéria de capa: “A ascensão do Brasil como um gigante econômico é um dos maiores temas de nosso tempo. Não está somente redefinindo a América Latina, mas também a economia do mundo inteiro”. De Israel, o importante Haaretz destacou o presidente Lula como o “Profeta do diálogo”, "o mais popular chefe de estado da história do país", de quem "o consenso universal é que simplesmente é impossível não gostar dele".
Não se pode deixar de sentir orgulho, no entanto, quando a comunidade midiática internacional reconhece o país Brasil como protagonista da economia e da política mundiais. Foi exatamente isto que constatou a quinta edição do levantamento feito pela agência de comunicação Imagem Corporativa, a partir de referências ao Brasil na mídia internacional nos primeiros três meses deste ano. Em comparação com o primeiro trimestre de