sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tida

Erotides Pires Ferreira Veras

* 05.04.1920
† 25.01.2012

Erotides Pires (Tida) era descendente
de Pedro Pires Ferreira e Albertina Xavier de Moura, moradores da fazenda São Joaquim,Afogados da Ingazeira, onde ela nasceu. Órfã de mãe aos 13 anos, cedo assumiu a responsabilidade de cuidar de 6 irmãos menores, a mais nova com pouco mais de 1 ano de idade: José, Solon, Neves, Iracy, Darcy e Yolanda. De novo casamento do pai, novos irmãos: Ney, Neyde, Sidnei, João e Roberto, filhos de Lourdes, das famílias Xavier de Moura e Salvino Liberal.

A experiência de vida de Erotides lhe ensinou a tratar seus interlocutores sempre com uma palavra de conforto, de solidariedade e carinho; característica que a acompanhou até o fim da vida. Uma experiência de vida sentimental transformou Tida em heroína da luta pela liberdade da mulher ante a cultura machista do nosso povo.

Formada pela Academia Santa Gertrudes, em Olinda, exerceu o magistério a partir de 1942, quando foi nomeada professora estadual em Flores. Essa atividade lhe rendeu experiência suficiente para assumir a direção de ensino da Escola Estadual Carlota Breckenfeld, de Tabira, inaugurada em 1952. Foi nessa condição que amealhou o respeito e a admiração dos alunos e professores por mais de uma década.

Também foi professora das Escolas General Abreu e Lima, em Abreu e Lima e do Grupo Escolar Dantas Barreto em Paulista. No Instituto de Educação de Pernambuco fez o Curso de Direção e Inspeção Escolar que lhe deu a titularidade para assumir a direção como primeira diretora do Grupo Escolar Pré-fabricado em Paulista no bairro Nobre, hoje Escola de Referência Amarina Simões. Exerceu suas atividades nesta escola até sua aposentadoria,concluindo sua longa e profícua missão de mestra.

Tida nos deixou na quarta-feira 25.01.2012, vítima de um acidente vascular cerebral. Deixa viúvo Antônio Ferreira Veras, servidor estadual aposentado, e 6 filhos, Loura, Flávio, Hebe, Rosângela, Mary e Evandro, netos e bisnetos, e saudosos todos aqueles com quem conviveu.

texto: Sidnei Pires

arte: Leila Jinkings

O Manifesto