Junte-se aos nossos. Desfrute a justa generosidade do nosso país a acolher um bravo sobrevivente da velha luta por liberdade e justiça. Benvenuto! Descansa um pouco, toma um café conosco, e conta da tua longa caminhada de perseguido político em tua terra. E verás que não estás só, que somos muitos. Também éramos “terroristas”. Especialmente da década de 70, quando aqui também era escuro, bastante escuro. E nós, como tu, cantávamos também. Com flores, como armas na mão. É por isso que reconhecemos o teu canto, tua bravura, tua luta. Os tempos eram bem assim, duros.
Nós tínhamos uma ditadura terceiro-mundista a destruir sonhos de liberdade e a derramar sangue patriótico. E tu combatias a praga nazi-fascista. A mesma que recorrentemente teima em retornar à Itália. Como hoje, incorporada a figuras lastimáveis como a de Sílvio Berlusconi. Sossega, pois, caro Battisti! Não serás entregue à vendeta dos filhotes de Mussolini. Estás entre amigos. Entre camaradas.
Vais ouvir destoantes acordes em nossos terreiros. Não te apoquentes. Elas são minorias e vêm de setores que costumam usufruir das benesses sociais e materiais que lhes permitem os estados de exceção. São vozes cujas presenças, nos anos de chumbo, cingiam-se a covardes omissões, ou ao apoio velado às usinas de tortura, aos aparatos de sequestro, aos assassinatos e ao exílio de patriotas. Como tu e como nós. São vozes desavergonhadas da submissão dos colonizados, ungidos pelo rodriguiano “complexo de vira-latas”, incrustados em redações, editorias e colunas da grande mídia e nos medíocres bunkers da oposição.
Vozes que reclamam da independência da nossa política externa, aquela que leva a visão pacífica e respeitosa do povo brasileiro para o mundo, sem preconceitos e sem pretensões hegemônicas. Que reclamam de nossas políticas públicas de interesse popular, as que buscam diminuir a concentração de renda e a miséria que os donos dessas vozes produziram. Para eles, são populistas os governos da América Latina que tentam dar cidadania às camadas historicamente injustiçadas. Preferem permanecer como velhas republiquetas de bananas, submissas ao expansionismo de Washington.
Como a Colômbia, cujo governo assassina sistematicamente lideranças populares, permite a expulsão de milhares de camponeses de suas terras e mantém seu poder a custa de permanente financiamento de Washington e histórico vínculo com o tráfico de drogas. E se abre agora para uma perigosa investida armamentista dos EUA na América do Sul, ao ceder seu território para implantação de sete bases militares de alcance continental. Uma séria investida que tenta recuperar antiga hegemonia na Região.
Portanto, nós ainda não os derrotamos, caro Battisti, eles continuam aí, a batalhar pelo atraso. Não vês que são os mesmos que aplaudiram a tentativa de golpe de estado na Venezuela em 2002 e hoje querem justificar o golpe de estado em Honduras? Em ambos os casos, pela deposição de governos democraticamente ungidos. Perigoso precedente para a Democracia na América Latina. Não vês serem os mesmos que deram força às manobras de Israel para tumultuar a visita do presidente Ahmadinejad, a quem pretendem dar lições de democracia? E, por outro lado, estendem o tapete vermelho a Shimon Peres, perfeito representante do terrorismo de estado, o nazisionismo de Israel?
Esses mesmos lacaios do atraso condenam o Irã por enriquecer urânio para fins pacíficos e por seu regime secularmente fechado. Um país que agora tenta uma abertura para o mundo e busca alternativas diante de injustas sanções comerciais unilaterais comandadas pelos EUA. Por outro lado, aplaudem Israel que mantém um gueto em Gaza, despeja bombas sobre milhares de inocentes palestinos, constrói muros e ocupa arbitrariamente o território que não é seu. Único país do Oriente Médio a possuir arsenal nuclear, Israel não o submete, aos acordos internacionais. Protocolo que é exigido ao Irã para enriquecimento de seu urânio.
Não te avexes, caro Battisti! As vozes amigas são muitas. São vozes das convenções internacionais que repelem a barbárie. Vozes dos novos tempos de resgate e de exercício das nossas tradições de país generoso, coerente com os princípios da Democracia e da Liberdade. Esperamos, no entanto, que não desanimes, e que o ensarilhar de tuas armas não signifique o abandono da luta, mas uma pausa para sua retomada, dentro dos limites do teu justo refúgio.
Saiba mais sobre o caso Cesare Battisti
Saiba mais sobre o Irã
Nós tínhamos uma ditadura terceiro-mundista a destruir sonhos de liberdade e a derramar sangue patriótico. E tu combatias a praga nazi-fascista. A mesma que recorrentemente teima em retornar à Itália. Como hoje, incorporada a figuras lastimáveis como a de Sílvio Berlusconi. Sossega, pois, caro Battisti! Não serás entregue à vendeta dos filhotes de Mussolini. Estás entre amigos. Entre camaradas.
Vais ouvir destoantes acordes em nossos terreiros. Não te apoquentes. Elas são minorias e vêm de setores que costumam usufruir das benesses sociais e materiais que lhes permitem os estados de exceção. São vozes cujas presenças, nos anos de chumbo, cingiam-se a covardes omissões, ou ao apoio velado às usinas de tortura, aos aparatos de sequestro, aos assassinatos e ao exílio de patriotas. Como tu e como nós. São vozes desavergonhadas da submissão dos colonizados, ungidos pelo rodriguiano “complexo de vira-latas”, incrustados em redações, editorias e colunas da grande mídia e nos medíocres bunkers da oposição.
Vozes que reclamam da independência da nossa política externa, aquela que leva a visão pacífica e respeitosa do povo brasileiro para o mundo, sem preconceitos e sem pretensões hegemônicas. Que reclamam de nossas políticas públicas de interesse popular, as que buscam diminuir a concentração de renda e a miséria que os donos dessas vozes produziram. Para eles, são populistas os governos da América Latina que tentam dar cidadania às camadas historicamente injustiçadas. Preferem permanecer como velhas republiquetas de bananas, submissas ao expansionismo de Washington.
Como a Colômbia, cujo governo assassina sistematicamente lideranças populares, permite a expulsão de milhares de camponeses de suas terras e mantém seu poder a custa de permanente financiamento de Washington e histórico vínculo com o tráfico de drogas. E se abre agora para uma perigosa investida armamentista dos EUA na América do Sul, ao ceder seu território para implantação de sete bases militares de alcance continental. Uma séria investida que tenta recuperar antiga hegemonia na Região.
Portanto, nós ainda não os derrotamos, caro Battisti, eles continuam aí, a batalhar pelo atraso. Não vês que são os mesmos que aplaudiram a tentativa de golpe de estado na Venezuela em 2002 e hoje querem justificar o golpe de estado em Honduras? Em ambos os casos, pela deposição de governos democraticamente ungidos. Perigoso precedente para a Democracia na América Latina. Não vês serem os mesmos que deram força às manobras de Israel para tumultuar a visita do presidente Ahmadinejad, a quem pretendem dar lições de democracia? E, por outro lado, estendem o tapete vermelho a Shimon Peres, perfeito representante do terrorismo de estado, o nazisionismo de Israel?
Esses mesmos lacaios do atraso condenam o Irã por enriquecer urânio para fins pacíficos e por seu regime secularmente fechado. Um país que agora tenta uma abertura para o mundo e busca alternativas diante de injustas sanções comerciais unilaterais comandadas pelos EUA. Por outro lado, aplaudem Israel que mantém um gueto em Gaza, despeja bombas sobre milhares de inocentes palestinos, constrói muros e ocupa arbitrariamente o território que não é seu. Único país do Oriente Médio a possuir arsenal nuclear, Israel não o submete, aos acordos internacionais. Protocolo que é exigido ao Irã para enriquecimento de seu urânio.
Não te avexes, caro Battisti! As vozes amigas são muitas. São vozes das convenções internacionais que repelem a barbárie. Vozes dos novos tempos de resgate e de exercício das nossas tradições de país generoso, coerente com os princípios da Democracia e da Liberdade. Esperamos, no entanto, que não desanimes, e que o ensarilhar de tuas armas não signifique o abandono da luta, mas uma pausa para sua retomada, dentro dos limites do teu justo refúgio.
Saiba mais sobre o caso Cesare Battisti
Saiba mais sobre o Irã
12 comentários:
Custei a crer que isto estava escrito! Deve ser uma piadinha!
Maravilhosa, rica, funda e profunda a sua manifestação de solidariedade ao nosso Battisti. Certamente ele se sentirá encorajado. Parabéns HSLiberal!
Jeanne
Caro Liberal, eu queria mesmo conversar sobre o caso Batisti. A Itália de Berlusconi o exige pois a justiça o condenou. No entanto, acabei de ler um livro chamado O Monstro fé Florença. Achei apavorante o retrato da justiça italiana feito pelo americano co-autor do livro. A tal ponto, que ele afirma: Juízes italianos não estão nem aí na busca pela verdade. Querem apenas se defender, manter seu cargo e poder, e, se possível, progredir. E f-se o resto.
Também há o depoimento de um ex-juíz comentando que o judiiciário italiano é feito por 85% de corruptos e preguiçosos, e que aqueles que querem trabalhar e ser honestos se lascam mais cedo ou mais tarde. Está me cheirando mal a investigação que condenou Batisti.
Abraços. Lobo.
OS – Sobre Israel, não vou falar nada. É o cúmulo do cinismo sociedades judaicas exigirem direitos humanos contra O Irã, “esquecendo-se da Palestina”. Parecem o Obama, que se “esqueceu” de abrir as portas daas prisões de Guantanamo e Al Jazira, para então fechá-las, como prometera.
É incrivel o tempo que o brasil está perdendo com um criminoso comum que quer se travestir de exilado politico Não chega a quantidade de criminosos da terra , para termos que importar marginais estrangeiros É incrivel que tenha pessoas que ainda caiam no conto do vigario
MARAVILHA!
LIBERAL,
ESTAMOS AQUI NA ASSOCIAÇÃO CULTURAL JOSÉ MARTÍ/RS-SOLIDARIEDADE A CUBA E AOS POVOS EM LUTA, PARTICIPANDO DO MOVIMENTO PELA NÃO EXTRADIÇÃO DE CESARE BATTISTI.
NOSSA PAGÍNA: WWW.JOSEMARTI.COM.BR
Publicado. www.natalpress.com
Bravo!!!
Sem precisar dizer mais nada... tudo está dito aí... peço permissão para o reenvio aos meus contatos que não estão no grupo.
Bravíssimo!!!
Texto brilhante!!!
Não me surprrende mais ler textos com tanta qualidade quando produzidos por você meu amigo!!
Você e Leila,fazem grande falta para a nossa turma no IESB!!
Um forte abraço!!
Valmir Ribeiro
Corajoso e comovente. São textos assim que engrandecem as lutas para tornar o Brasil um país melhor.
Tenho notado que cada vez mais que, brasileiros com vocações de direita tem invadido os sites mais a esquerda para da sua opinião. Agora acredito, que muitos deles, mal informados pelas Folhas, Vejas e Globos da vida, acabem lendo de passagem as informações corretas e mudem sua tendência politica. Vamos lea gente, informações neles.
Somente os canalhas marxistas podem mentir e matar, falando em busca da democracia quando lutaram, sempe, por uma ditadura do proletariado sanguinária.O Brasil não pode ser valhacouto de criminosos, principalmente estrangeiros como o tal Battisti.
Meu Deus do Céu, caro Sr. Liberal.
Quanta asneira em um único artigo.....ainda em forma poética....
Por que não trazer para fazer companhia a ele o tiranete Chavez, o aculturado Morales, e o mais badalado criminoso da América Latina, Mr Castro de Cuba. Tem muito outros por aí, como o assassino da Coréia do Norte Kim Il-sung. Temos ainda se fosse possível ressucitar, Stalin, que matou 21 milhões de pessoas.... Ernesto "Che" Guevara, que mandou pessoalmente quase 2 mil pessoas para o famoso PAREDÓN.
Os terroristas que participaram da luta armada no Brasil queriam a ditadura do proletariado, e se deram mal. Agora ganham polpudas indenizações que saem do meu bolso e de cidadãos que ganham seu dinheiro honestamente.
Senhores, já temos Fernandinho Beira Mar e centenas de bandidos que já nos incomodam muito por aqui. Temos 600 bandidos no Congresso Nacional, e mais a bandidagem encrustrada no Palácio do Planalto, junto com corruptos sindicalistas que mandam e desmandam nestas plagas. Por que mais um assassino e assaltante, como Battisti? Deixa ele por lá na Itália. Ideologia, apenas ideologia é o que os move senhores. Tem que pagar pelos crimes, os mesmos que comunistas terroristas cometeram neste País a 35 anos.
SDS
Celso Beraldi
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