Uma locação, muitos enredos. Cada um, uma história para se contar. De vivência, de vida, de relação com o tempo, com os seus, com os outros. Mundos de muita afinidade, de muita diversidade. Mesmos caminhos, outras estradas, veredas e travessias. Caminhos que convergem e se cruzam, outros que se afastam. Ora com, ora sem esperança de volta. Falo em volta física. Pois Lourdes, Deodécia, Milton, em sentimento, jamais se afastam de nós.
Estão sempre presentes as histórias de sofrimento, de superação, de alegria permanente em Deó, sua virtual doçura e o sabor real do doce que nos ofertava; o desapego de Lourdes, quase adolescente, ao juntar sua vida a de um viúvo e sete filhos, a mais velha cinco anos mais jovem que ela, a mais nova ainda de colo; que dizer do "olhar terno e penetrante" que Kilda observa em Milton, não é o mesmo que cativou por toda sua vida a amizade e admiração de quantos o conheceram?
O próprio terraço, onde tomaram o café de Lourdes desde governadores, senadores da república, autoridades e, também pessoas simples de Espírito Santo, depois Tabira. Viajantes que ali paravam seus carros por confundirem com o hotel do lugar, recebidos com a mesma hospitalidade.
Velhas lembranças, novas saudades.
texto: Sidnei Pires
1ª foto: Leila Jinkings
2ª foto: arquivo Kilda Mascena
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