Leia aqui um trecho sobre o livro, no site do editor:
20 anos de apuração
Em 1993, o autor começa a investigar a vida de FHC que resultaria neste polêmico livro. Nessas últimas duas décadas, Palmério Dória entrevistou inúmeras personalidades, entre elas o ex-presidente da República Itamar Franco, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o senador Pedro Simon, do PMDB. Os três, por variadas razões, fizeram revelações polêmicas sobre o presidente Fernando Henrique e sobre o quadro político brasileiro.
Exílio na Europa
Ao contrário do magnata da comunicação Charles Foster Kane, personagem do filme Cidadão Kane, de Orson Welles, que, ao ser chantageado pelo seu adversário sobre o seu suposto caso extraconjugal nas vésperas de uma eleição, decide encarar a ameaça e é derrotado nas urnas devido a polêmica, FHC preferiu esconder que teria tido um filho de um relacionamento com uma jornalista.
FHC leva a sério o risco de perder a eleição. Num
plano audacioso e em parceria com a maior emissora de televisão do país, a Rede
Globo, a jornalista Miriam Dutra e o suposto filho, ainda bebê, são “exilados”
na Europa. Palmério Dória não faz um julgamento moralista de um caso
extraconjugal e suas consequências, mas enfatiza o silêncio da imprensa
brasileira para um episódio conhecido em 11 redações de 10 consultadas. Não era
segredo para jornalistas e políticos, mas como uma blindagem única nunca vista
antes neste país foi capaz de manter em sigilo em caso por tantos anos?
O fato só foi revelado muito mais tarde, e
discretamente, quando Fernando Henrique Cardoso não era mais presidente e sua
esposa, Dona Ruth Cardoso, havia morrido. Com um final inusitado: exame de DNA
revelou que o filho não era do ex-presidente que, no entanto, já o havia
reconhecido.
Na obra, há detalhes do projeto neoliberal de
vender todo o patrimônio nacional. “Seu crime mais hediondo foi
destruir a Alma Nacional, o sonho coletivo”, relatou o jornalista
que desvendou o processo privativista da Era FHC, Aloysio Biondi, no
livro Brasil Privatizado.
O Príncipe da Privataria conta
ainda os bastidores da tentativa de venda da Petrobras, em que até a produção
de identidade visual para a nova companhia, a Petrobrax, foi criada a fim de facilitar
o entendimento da comunidade internacional. Também a entrega do sistema de
telecomunicações, as propinas nos leilões das teles e de outras estatais, os
bancos estaduais, as estradas, e até o suposto projeto de vender a Caixa
Econômica Federal e o Banco do Brasil. “A gente nem precisa de um
roubômetro: FHC com a privataria roubou 10 mil vezes mais que qualquer
possibilidade de desvio do governo Lula”, denuncia o senador
paranaense Roberto Requião.
Palmério Dória é repórter. Nasceu em
Santarém, Pará, em 1949 e atualmente mora em São Paulo, capital. Com carreira
iniciada no final da década de 1960 já passou por inúmeras redações da grande
imprensa e da “imprensa nanica”. Publicou seis livros, quatro de
política: A Guerrilha do Araguaia; Mataram o Presidente —
Memórias do pistoleiro que mudou a História do Brasil ; A
Candidata que Virou Picolé (sobre a queda de Roseana Sarney na corrida
presidencial de 2002, em ação orquestrada por José Serra); e Honoráveis
Bandidos — Um retrato do Brasil na Era Sarney ; mais dois livros de
memórias: Grandes Mulheres que eu Não Comi, pela Casa Amarela;
e Evasão de Privacidade, pela Geração Editorial.
Fonte: Geração Editorial
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