quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Uma agenda positiva

1. As consultas ao SCPC, termômetro das vendas a prazo, tiveram crescimento de 7,7%. Já as consultas ao Usecheque, tradicional termômetro das vendas à vista, aumentaram 8,1%. A Associação Comercial de SP projeta para este ano um crescimento de cerca de 6%. Para 2008, estima um crescimento na faixa de 6% a 7%.
2. Repleto de expressões reveladoras, como: “quando o Brasil cresce...”, “o ano da virada”, “país começa a colher os frutos da estabilidade”, “força da expansão econômica abre porta para vencer os gargalos”, “migração de 20 milhões (das classes D e E) para classe C”, o Correio Braziliense deste domingo, 23 de dezembro de 2007, faz desfilar importantes indicadores da chegada daquilo que nosso ansioso Presidente batizou de “o espetáculo do crescimento”.
3. No início deste dezembro gordo já se revelava que o Brasil está entre os três primeiros países em qualidade de vida e em felicidade na América Latina; que o rendimento médio real dos seus trabalhadores continuava a crescer e que o desemprego em outubro já era o terceiro menor da nossa história. Agora, segundo o Banco Mundial, o Brasil é o 6º lugar na economia mundial.
4. O Índice de Desenvolvimento Social do BNDES acaba de revelar que a diferença social entre o norte e o sul do país, em que são avaliados indicadores da educação, saúde e renda, caiu pela metade nos últimos dez anos. Com melhora expressiva da educação, notadamente pelo aumento da alfabetização e da média de anos de estudo da população. Melhor desempenho teve a renda, que cresceu 10,2%.


Venda de Natal teve maior alta em dez anos. O comércio paulista teve um Natal histórico, segundo estimativas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com base nas consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito e o sistema Usecheque. O movimento médio de vendas cresceu 7,9% no período de 1 a 25 deste mês, a maior variação dos últimos dez anos. "Houve o aumento da oferta de crédito, (...) o aumento dos prazos de financiamento (o consumidor compra porque a prestação cabe no bolso), (...) a queda do dólar, o que barateou muitos produtos, e (...) aumento da massa salarial", avalia a ACSP.
Leia mais informações na Folha Online, de 26/12/2007.

O Brasil vai entrar 2008 com marcas admiráveis. A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, superou os 5%, dobrando em relação à média dos últimos 20 anos. O índice de desemprego baixou para um dígito e deve se situar na casa dos 8%. A renda, que decresceu até 2002, não pára de aumentar. A inflação, mesmo assanhada nos últimos meses, está abaixo do centro da meta definida pelo governo, de 4,5% ao ano. A produção industrial alcançou seu pico histórico e as vendas do comércio superam todas as previsões.

O volume de crédito destinado às pessoas físicas praticamente triplicou em cinco anos, sustentado por juros menores e prazos mais longos de pagamento. A conjunção de todos esses fatores fez com que, nas contas do Instituto Datafolha, cerca de 20 milhões de pessoas migrassem das classes D e E para a C, criando um mercado de consumo promissor. Tantas boas notícias têm levado economistas de várias tendências, de dentro e de fora do governo, a travar um profundo debate: há, realmente, um Brasil novo emergindo com força suficiente para superar os atrasos e gargalos que frustraram gerações? O presidente do Banco Central garante que sim.

No final dos anos 1950, quando o Brasil acelerou a industrialização, o crescimento foi financiado pela emissão de moeda pelo governo, processo altamente inflacionário. Nas duas décadas seguintes, sob a ditadura militar, a expansão econômica baseou-se no endividamento externo, que resultou em calotes e hiperinflação. A partir daí, uma sucessão de pacotes econômicos malsucedidos só agravou as distorções da economia. (É importante acrescentar: o crescimento brasileiro, ao contrário de outros países, tem o viés da distribuição de renda. Fruto dos investimentos sociais – que a oposição e os jornalões chamam de “gastos”, “populismo”...).
Veja a matéria de Hiram Vargas, especial para o Correio Braziliense.

Brasil ocupa 6º lugar na economia mundial. O Brasil ganhou uma posição e agora ocupa o sexto lugar na economia mundial, segundo ranking do Banco Mundial, que divulgou em 18/12/2007 os dados do PCI (Programa de Comparação Internacional), que analisa as economias de 146 países. De acordo com os dados, levando-se em conta a paridade do poder de compra, o Brasil responde por metade da economia da América do Sul. Com o equivalente a cerca de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial nesta medição, o Brasil divide o sexto lugar ao lado do Reino Unido, França, Rússia e Itália.

O Brasil subiu de lugar por conta de uma nova metodologia de avaliação. A Paridade do Poder de Compra em que "os números passaram a refletir o valor real de cada economia, com as diferenças corrigidas em níveis de preços, sem a influência de movimentos transitórios de taxas cambiais", explica o Banco Mundial. Como esperado, a maior economia do mundo ainda é a dos Estados Unidos, porém, menor que no passado. A China, pelas novas pesquisas, subiu de quarto para segundo lugar. (Seguida por Japão, Alemanha e Índia).
Leia íntegra da matéria publicada na Folha Online.

O Índice de Confiança do Consumidor (da Fundação Getulio Vargas) atingiu seu maior nível em dezembro. O indicador subiu 5,2% entre novembro e dezembro deste ano, ao passar de 114,3 para 120,3 pontos. Em 12 meses, o índice registrou expansão de 7,7%. O aumento da confiança foi puxado por melhores avaliações a respeito da situação atual da economia e expectativas para os próximos meses. Segundo o levantamento, as avaliações sobre a situação financeira da família melhoraram em dezembro. A parcela dos que a avaliam como "boa" subiu de 15,5% para 21,9%; a dos que a julgam "ruim" diminuiu de 14,4% para 12,2%.
Matéria completa na Folha Online de 26/12/2007.


BRINDE: UM BONITO ARRANJO DE RODA VIVA PELO MPB4 COM CHICO BUARQUE.

Nenhum comentário:

O Manifesto