1. Pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo (02/12) revela: a aprovação ao governo Lula subiu na região Sudeste, entre brasileiros que integram famílias com renda acima de dez salários mínimos e os que vivem em capitais, e também entre os mais escolarizados.
2. “Sinto muita alegria quando o movimento na América canta Give peace a chance (Dê uma chance para a paz) porque compus esta canção pensando nisso” (John Lennon).
3. “...uma vez queria ler uma entrevista na Veja e me surpreendi porque estava com vergonha de abrir a revista no Metrô” (Antonia, comentando texto do Blog do Mino).
4. A editora Boitempo já lançou cinco das obras de Karl Marx e Friedrich Engels, todas traduzidas do original e sob a supervisão de reconhecidos especialistas. Agora, a vez de A Ideologia alemã.
5. Apoiado por movimentos cidadãos, o presidente Rafael Correa sonha com um modelo em ruptura com o neoliberalismo — e enfrenta oposição da mídia e da oligarquia.
Apenas 14% avaliam o governo Lula como ruim ou péssimo, diz pesquisa. O governo do presidente Lula da Silva é considerado ótimo ou bom para 50% dos entrevistados, segundo pesquisa Datafolha, divulgada na edição deste domingo (02/12) da Folha. Resultado reflete uma oscilação positiva – dentro da margem de erro – de dois pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de agosto. O governo petista é considerado regular hoje por 35% dos entrevistados. Para outros 14%, o governo Lula é avaliado como ruim ou péssimo.
De acordo com a pesquisa, a aprovação ao governo Lula subiu na região Sudeste, entre brasileiros que integram famílias com renda acima de dez salários mínimos e os que vivem em capitais, e também entre os mais escolarizados. A pesquisa – realizada entre os dias 26 e 29 de novembro – ouviu 11.741 pessoas, em 390 municípios de 25 Estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Matéria completa na edição de domingo da Folha.
Leia o texto original da Folha Online
John Lennon socialista. Em 1971, após a separação dos Beatles e em meio ao clima de radicalização da esquerda, John Lennon e Yoko Ono concederam uma histórica entrevista a Robin Blackburn e Tariq Ali, publicada em Red Mole (Toupeira Vermelha). A entrevista é memorável por registrar como Lennon elabora em uma mesma narrativa a sua origem de classe, a emancipação dos traumas de uma infância de abandono através da análise, a superação dos anos de droga e busca de culturas místicas, o encontro com Yoko que lhe abriu a perspectiva feminista, a inspiração em Marx e a imaginação socialista e revolucionária.
“Eles me criticaram por cantar ‘Poder para o Povo’(...) Penso que cada um deveria possuir tudo de forma igualitária e que o povo deveria ser também proprietário das fábricas e ter participação na escolha de quem as dirige e o que deve ser produzido. Estudantes deveriam ter o direito de escolher seus professores.” “A canção ‘Imagine’, que diz, ‘Imagine que não há mais religião, não mais países, não mais política...’ é virtualmente o Manifesto Comunista... Hoje ‘Imagine’ é um grande sucesso em quase todo lugar – uma canção anti-religiosa, anti-convencional, anti-capitalista, mas porque ela é suave é aceita.”
Leia mais sobre a entrevista no sítio da Fundação Perseu Abramo
Por que não leio Veja. Nada sei a respeito de entrevista de Saulo Ramos à Veja, publicação que não leio. Aliás, cuido de não ler, em benefício da zona miasmática situada entre o fígado e a alma. Aproveito para esclarecer minhas razões: a Veja, que se apresenta como uma das maiores do mundo por causa de sua tiragem, de fato alentada, é uma das provas da indigência mental da chamada classe média nativa. Sem falar dos abastados. Estão aí os leitores de cabresto, incapazes de perceber o péssimo jornalismo praticado pela revista da Abril, de um reacionarismo ignóbil, facciosa além da conta e extraordinariamente mal escrita.
Somos uma nação desimportante, a despeito das incríveis potencialidades da terra, exatamente por causa desta pretensa elite, que repete o besteirol da Veja, da Globo e dos jornalões. Não perco as esperanças, por que ainda confio na cultura dos desvalidos. Mais cedo, ou mais tarde, vingará. Provavelmente, mais tarde. Sinto, apenas, que então já não estarei aqui.
Ver o texto original de Mino Carta no blog do Mino
Boitempo lança A ideologia alemã. Chega às livrarias a aguardada edição integral de A ideologia alemã, de Karl Marx e Friedrich Engels. Traduzida diretamente do alemão por Rubens Enderle, a edição tem introdução de Emir Sader e supervisão editorial de Leandro Konder, um dos maiores estudiosos do marxismo no Brasil. Feita dentro da tradição de rigor editorial da Boitempo, o livro será a versão mais fiel aos originais. Uma segura referência para todos os interessados na obra dos filósofos Marx e Engels.
A ideologia alemã é, talvez, a obra de filosofia mais importante de Marx e Engels. Escrita em 1845-1846, representa a primeira exposição estruturada da concepção materialista da história e é o texto central dos autores acerca da religião. Nela eles concluem um acerto de contas com a filosofia de seu tempo – de Hegel aos os chamados “hegelianos de esquerda”, como Ludwig Feuerbach. Esse ajuste passou antes pelos Manuscritos econômico-filosóficos, por A sagrada família, por A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, para alcançar em A Ideologia alemã sua primeira formulação articulada como método próprio de análise.
Mais informações no sítio de Boitempo Editorial
O Equador ensaia a “revolução cidadã”. Num país marcado pela debacle do sistema político tradicional, uma Assembléia Constituinte promete “refundar a República”. “É agora que começa o desafio da mudança”, dispara Rocío Peralbo, jornalista e conhecida militante dos direitos humanos. “Todas as condições são favoráveis, seremos os únicos culpados se fracassarmos.” A história do Equador jamais tinha visto triunfo eleitoral tão surpreendente. Em 30 de setembro, 70% dos eleitores depositaram sua confiança nos candidatos do movimento Alianza País, que compartilham o projeto do presidente Rafael Correa.
Com maioria confortável na Assembléia Constituinte, o chefe de Estado quer pôr em marcha um modelo de desenvolvimento em ruptura com o neoliberalismo. A Alianza País nasceu no final de 2005. “Não era um grupo de iluminados, mas um movimento que se nutria das lutas e dos esforços de diversos setores sociais e políticos”, explica Alberto Acosta, ex-ministro das Minas e Energia. Desse movimento saiu o candidato Correa, economista e professor universitário, vencedor da eleição presidencial em 2006. “Éramos especialistas em protestar. Chegando ao poder, tivemos de começar a construir.”
Leia a matéria completa de Hernando Calvo Ospina em Le Monde Diplomatique.
BRINDE: CHICO BUARQUE DE HOLLANDA E NARA LEÃO INTERPRETAM "A BANDA" NO II FESTIVAL DE MÚSICA BRASILEIRA EM 1966. TRANSMITIDO PELA REDE RECORD DE TELEVISÃO.
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