quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Calcinhas brasileiras em Nova Iorque

Calcinhas brasileiras no The New York Times

Para escapar de sua existência precária em uma das regiões mais pobres do Brasil, Maria Benedita Sousa fez uso de um pequeno empréstimo há cinco anos para comprar máquinas de costura e iniciar seu próprio negócio. Hoje, ela emprega 25 pessoas em uma fábrica modesta, que produz 55 mil conjuntos de roupas íntimas por mês. A reportagem é do The New York Times. Leia mais

Brasil encerra safra 2007/2008 de grãos com volume recorde. São 143,8 milhões de toneladas, número 9% superior ao da safra anterior e o maior já registrado. O volume final recorde da safra vem em um momento em que os preços internacionais atingiram picos recentes. Leia mais

Exército tira transposição do Rio São Francisco do papel. A igrejinha branca e azul em Cabrobó (PE), onde o bispo Luiz Flávio Cappio, em 2005, fez a primeira greve de fome contra a transposição do Rio São Francisco, está fechada. Na região, não há mais manifestações contrárias à obra, e os tratores de esteira e as escavadeiras do Exército rasgam o sertão em ritmo acelerado. Leia mais

Pobreza diminui, número de ricos aumenta e classe média cresce, afirmam estudos do Ipea e da FGVD. Dois estudos divulgados no mês passado mostram mudanças nas classes sociais brasileiras. Redução de um terço no número de pobres. A classe média atinge mais de 50%. Leia mais

Emprego na indústria tem melhor semestre da história. A geração de emprego na indústria brasileira cresceu 2,7% no primeiro semestre de 2008 – a maior expansão da série histórica do IBGE. Nos confrontos mais amplos, os resultados de junho foram claramente positivos, com 6,7% de avanço frente ao mesmo mês de 2007 e 6,5% no acumulado do ano. Leia mais

Reviravolta conveniente

O jornalista Mair Pena Neto, no blog Direto da Redação, relembra uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada em julho que levou à prisão três figuras notórias, que já haviam freqüentado o noticiário policial: o banqueiro Daniel Dantas, o mega-investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. “Será que alguém se lembra?” pergunta Pena Neto.

Pra ele, de lá para cá, o eixo da discussão mudou. Ninguém mais fala dos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência de que os três foram acusados. Libertados pela celeridade surpreendente (temerária?) do Supremo Tribunal Federal (STF) de Gilmar Mendes, todos continuam suas atividades, fora do noticiário.

Segundo Pena Neto, o interesse de grande parte da mídia e da oposição, que curiosamente costumam andar juntas, está agora no “grampo” de que teria sido vítima o próprio presidente do STF. O réu passou a ser a Agência Brasileira de Inteligência, e por conseqüência o governo.

Seja como for, a mudança do foco político e midiático, trouxe a voz equilibrada do diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa, a lembrar que "grampos" são autorizados pela Justiça. Eles somente denunciam a “nata da malandragem”, como diria Chico Buarque. Por isso, a chiadeira geral.

Vã lucidez de Corrêa. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acaba de anular provas de gravações autorizadas e livrar dois foragidos empresários, envolvidos no caso Banestado dos tempos tucanos. E ninguém mais se lembra dos emissários de Daniel Dantas tentando subornar um delegado da PF com um milhão de dólares. Nem a mídia, nem a bancada parlamentar de Dantas, nem o STF.

Presidentes rechaçam golpe

Desde 2002, estamos diante de um novo tipo de comportamento da comunidade de nações latino-americanas. Naquele ano, a pronta resposta dos seus representantes, reunidos em assembléia da Organização dos Estados Americanos (OEA), rechaçou o golpe midiático e militar que, com apoio de Washington, retirou Hugo Chávez do poder por 48 horas.
Nesta segunda-feira, os presidentes das nações que constituem a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), reunidos na capital chilena, deram uma forte e unânime declaração de apoio ao governo do presidente Evo Morales e rechaçaram qualquer tentativa de golpe da oposição na Bolívia.

Na declaração, a Unasul "adverte que seus respectivos governos rechaçam energicamente e não reconhecerão qualquer situação que implique uma tentativa de golpe civil, de ruptura da ordem institucional ou que comprometa a integridade territorial da República da Bolívia".

A Unasul também condenou os ataques a instalações do governo na Bolívia e um massacre no departamento de Pando, em que morreram partidários do governo. E criou uma comissão, aberta a todos os seus membros, para acompanhar as conversações a serem conduzidas pelo legítimo governo da Bolívia com seus opositores.

A característica do novo perfil de comportamento dos países da Nossa América é sua autonomia em relação a Washington. A participação dos EUA traria um enorme contra-senso ao debate em face de sua mal disfarçada participação nos preparativos desses eventos não democráticos. O Império tenta recuperar, por vias oblíquas, a hegemonia que sucumbiu a um novo perfil de soberania.

Nenhum comentário:

O Manifesto