domingo, 4 de novembro de 2007

Internacionalismo solidário

1. Nenhum filme da época de criança, dos sessentões de hoje, marcou mais que “Por quem os sinos dobram?” Do livro de Hemingway, o lindíssimo filme de Sam Wood, com Gary Cooper e Ingrid Bergman, retrata o internacionalismo solidário da guerra civil na Espanha.
2. Os tucanos, que fizeram a farra das concessões, a influente bancada parlamentar dos radiodifusores e o Demo têm mais um objetivo comum: o combate à TV pública.
3. Neste dia 3 de novembro, o Paquistão, um dos muitos paises de ditadores apoiados pelos EUA, destituiu a Corte Suprema e prendeu a oposição. Manchetes do dia seguinte: “Chávez quer perpetuar-se no poder”. Detalhe: em 17 países da união européia a reeleição é ilimitada.
4. Somente EUA e Israel, com apoio de Ilhas Marshall, Palau e Micronésia, votam contra a liberdade de comércio e de navegação. Um silêncio ensurdecedor da mídia pelo 16º ano consecutivo.


Lei "limpa" passado de guerra civil e ditadura fascista na Espanha. A Câmara dos Deputados da Espanha aprovou uma lei que pretende enterrar o legado da Guerra Civil Espanhola (1936-39) e da ditadura fascista de Francisco Franco, encerrada com sua morte, em 1975. A chamada Lei da Memória Histórica foi aprovada depois de muita polêmica e debate, e prevê indenizações às vítimas tanto da guerra como da ditadura, entre outros pontos. Um dos principais pontos da nova lei é o que torna "ilegítimos" todos os julgamentos militares feitos por motivos políticos, ideológicos ou de crença religiosa durante a ditadura franquista.

A medida abre a via para a anulação desses julgamentos nos tribunais e os pedidos de reparação. Outro ponto é a eliminação dos símbolos do fascismo e de Francisco Franco dos locais públicos, que poderá provocar tensões, pois há uma minoria no país que ainda é franquista. A lei foi defendida pelo premiê espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, neto de um capitão republicano fuzilado pelas tropas de Franco. “Mas é também um sinal da normalização de um assunto doloroso na Espanha, que se arrasta há várias décadas", explica de Paris o historiador Luiz Felipe de Alencastro.
Leia mais em: UOL News Internacional

Quem são os inimigos da TV Brasil? Três notícias recentes, publicadas sem qualquer alarde, revelam quem são os principais inimigos da TV pública, que deve entrar no ar em dezembro. 1. “O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, fez ao ministro Guido Mantega uma exigência adicional para que os tucanos concordem em votar a favor da CPMF”. “Querem que o governo, ‘para mostrar que está mesmo disposto a cortar seus gastos correntes’, arquive a idéia ou, pelo menos, adie a implementação da Empresa Brasil de Comunicação”. 2. “o DEM (Demo), ex-PFL, deve questionar na Justiça a medida provisória que criou a TV Pública".

As poderosas redes de televisão reforçam o movimento da oposição de direita: Segundo notícia publicada na coluna Outro Canal, do jornal Folha de S.Paulo, elas agem nos bastidores para sabotar a iniciativa. “Globo, Record e SBT decidiram pedir aos parlamentares que apresentem emendas definindo o que é publicidade institucional e apoio cultural. A idéia é limitar o financiamento da TV pública com publicidade...” A pressão da mídia terá o apoio explícito ou enrustido da influente bancada parlamentar dos radiodifusores – a mesma que sabota a instalação da CPI para averiguar a sinistra venda da TVA, da Abril, para a Telefônica.

A mesma bancada que renova, sem critérios ou transparência, as concessões públicas. Acostumada a usufruir sozinha dos milionários recursos em publicidade e manipulando as consciências, ela teme a concorrência de uma rede pública de qualidade, mais plural e democrática. A ditadura da mídia, que sofreu forte desgaste na sucessão presidencial e que teme os efeitos da convergência digital, sabe que a TV Brasil, com subsídios e competência, pode comer importantes fatias da audiência. Neste sentido, a Empresa Brasil de Comunicação, gestora da nova rede pública, representa um abalo no poder hegemônico da mídia privada.
Leia no boletim DIAP o texto completo de Altamiro Borges.

Venezuelanos apóiam reforma constitucional. Uma pesquisa de âmbito nacional divulgada dia18 de outubro mostra que a maioria dos venezuelanos apóia a reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez. O levantamento foi feito pela empresa Alemica Estadísticos Consultores e seu objetivo básico foi ouvir a população a respeito de cinco itens: avaliação do governo, aceitação da reforma proposta, expectativas sobre esse processo, opinião sobre o debate feito até o momento e a questão da reeleição presidencial. No total, foram ouvidas 1250 pessoas, de 22 dos 24 estados venezuelanos.

O resultado do levantamento foi enviado à imprensa nacional e internacional. A margem de erro para o trabalho é 1,6% a 2,7%. Os dados mostram que se o referendo que dará sim ou não à reforma fosse hoje, cerca de 65% da população ficaria ao lado do presidente. A votação está marcada para o dia 2 de dezembro. Segundo os dados, 58,1% dos entrevistados acreditam que a nova Constituição dará mais poder ao povo; 73% disseram que irão às urnas em 2 de dezembro (o voto é facultativo na Venezuela); e 65% aprovam o governo de Hugo Chávez. Apesar de amplo domínio sobre a mídia, a oposição não consegue mudar a tendência.
Mais informações sobre a pesquisa no Portal Vermelho

Pela 16ºano consecutivo a ONU pede o fim do bloqueio a Cuba. Nova resolução aprovada nesta terça-feira pela Organização das Nações Unidas pede que EUA suspendam embargo que já dura quatro décadas e fere Carta da ONU e direito internacional. Intitulada de “necessidade de encerrar o embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba”, a resolução foi aprovada com 184 votos a favor, quatro contra e uma abstenção. Como ocorreu em 2006, além dos EUA, Israel, Palau e Ilhas Marshall votaram contra a resolução. Já a abstenção ficou por conta da Micronésia.

O relator especial de Direito à Alimentação da ONU, Jean Ziegler, qualificou o embargo como uma “arrogância unilateral” e um ataque à ordem internacional. Em função do bloqueio, Cuba não pode, entre outras restrições, exportar nenhum produto para o mercado norte-americano, nem receber turistas vindos dos EUA. Não tem acesso a créditos e nem pode utilizar o dólar em suas transações com o exterior. Os navios e aviões cubanos estão proibidos de tocar portos e aeroportos dos EUA. Essa política impede importações de subsidiárias norte-americanas instaladas em outros países e sanciona investimentos estrangeiros em Cuba.
Matéria completa de Marco Aurélio Weissheimer em Agência Carta Maior

BRINDE: LEVE CHICO BUARQUE PARA SEU COMPUTADOR (UM PRESENTINHO DO MEU PROVEDOR UOL).

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